MANANCIAL

MANANCIAL
"Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada". (Cânticos 4:12)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

AO QUE MUITO FOI CONFIADO, MUITO SE LHE PEDIRÁ.

"E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá". (Lucas 12:47-48)

A Escritura diz que quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; e quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito (Lucas 16:10).

Os sacrifícios ofertados pelos israelitas na Antiga Aliança eram segundo as posses do ofertante (Levítico 14:30-31; Lucas 2:22-24), isto é, quem tinha condições de ofertar um novilho ou um cordeiro, Deus o requeria, mas se as posses do ofertante não alcançasse tal provisão, deveria o doador oferecer aves (pombinhos).

Na Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-30) Jesus continuando a Sua prática sobre o Reino dos Céus, levou os ouvintes à história de um homem que entregou os seus bens aos servos; ao primeiro deu cinco talentos, ao segundo dois e ao terceiro apenas um, segundo a capacidade de cada servo. O resultado do repartir é conferido na volta daquele Senhor que, chamando seus empregados, requer o lucro do trabalho deles. O primeiro e o segundo fizeram conforme o esperado pelo Mestre, mas o terceiro não. A sentença para os servos obedientes foi “possuir da herança do seu Senhor”, mas o servo desobediente além de perder a parte da herança, foi lançado no inferno.

DEVIA TER DADO O MEU DINHEIRO AOS BANQUEIROS (Mateus 25:27)

Este versículo desta parábola sempre me fascinou e provocou em mim por muitos anos uma pergunta: QUEM SÃO OS BANQUEIROS?

É interessante frisar que nesta alegoria apesar de, pelo Espírito Santo, termos muitas aplicações espirituais, Jesus está falando de dinheiro para negociar e ter lucro.

Em Lucas 16:1-14, na prédica do mordomo infiel, Jesus conta-nos de um homem que dissipava os bens de seu senhor e quando este pediu as contas de sua administração iníqua, o mesmo agiu sabiamente desonerando os devedores de seu amo, visando ser contratado mais tarde pelos que por ele foram aliviados em suas dívidas. No verso 11 Cristo diz que os bens materiais por mais que trabalhemos por eles, não passam de riquezas injustas, e que Deus permite-nos tê-las para que delas repartamos com aqueles que não as têm, aliviando as cargas uns dos outros (Gálatas 6:2). Notemos também que este discurso foi dirigido em especial aos fariseus, pois no verso 14 Lucas salienta que eles eram "avarentos".

Talento é uma palavra que, nos tempos bíblicos, se confunde como uma medida de peso (massa) e também como moeda; no caso em questão, a referência é à moeda vigente daquela época podendo ser de ouro ou de prata. Era de grande valor!

Mas... "QUEM SÃO OS BANQUEIROS"?

Hoje vemos construções suntuosas chamadas de Igreja, ministros religiosos vivendo de maneira abastada como se fossem reis, cobranças feitas por estes mordomos infiéis aos membros de "suas" congregações, concernentes aos dízimos e ofertas, e condicionando estas contribuições às bênçãos, aos cargos ministeriais e a uma possível ajuda em caso de necessidade, isto é, só tem o direito de receber um auxílio quem é dizimista, porque o seu nome está no rol do livro.

Certamente estes não são os BANQUEIROS de que Cristo falou, mas com certeza eles são comparáveis ao servo mau que enterrou o talento que lhe foi confiado.

Quando um mancebo de qualidade apresentou-se diante de Jesus e perguntou-lhe como deveria proceder para herdar a vida eterna, o Mestre citou os mandamentos e ele, gabando-se, disse que já os observava desde a sua infância, mas Cristo disse-lhe: "Vai, vende tudo o que tens, reparte-o aos pobres e terás um tesouro nos Céus; depois vem e segue-me" (Lucas 18:22).

VAI, VENDE E REPARTE-O são três verbos, três passos, três ações para alcançar o privilégio de seguir a Cristo e acumular um tesouro nos Céus. Há muitos crentes pensando que o fato de contribuírem para a construção de templos magníficos e de dar uma vida boa a ministros eclesiásticos, trará com isso bênçãos às suas vidas, mas estão redondamente enganados, porque estes não são os BANQUEIROS pelos quais Deus receberá o seu tesouro com juros (Mateus 25:27).

Seguindo mais adiante ainda no capítulo 25 de Mateus, do verso 31 ao verso 40, Jesus conclui que os banqueiros e os juros são os seus servos, pois em Mt 12:50, Cristo define que seus irmãos, mãe e irmãs são aqueles que fazem a vontade de Deus.

Há várias instituições sem fins lucrativos que atendem as necessidades de cristãos perseguidos por causa do Nome de Jesus. E ao invés de ofertarmos nosso dinheiro para os abastados, entreguemos nossas contribuições àqueles que sofrem por causa da justiça, e repartamos dos nossos bens com os santos, dividamos o nosso pão com os que têm fome e desta maneira poderemos entregar com juros aquilo que nos foi confiado.

Encerrando este comentário quero citar algumas obras internacionais que atendem ao clamor de Deus e dos seus servos: "Mais no mundo" (Missão de apoio à igreja sofredora [www.maisnomundo.org]), A Voz dos Mártires (www.vozdosmártires.com) e a organização cristã "Portas Abertas" (www.portasabertas.org.br).

Estas obras que destaquei precisam de ajuda financeira para atuarem efetivamente no serviço aos cristãos; eles precisam da nossa ajuda, pois quando fazemos o bem a um dos nossos irmãos, a Cristo o fizemos. (Mateus 25:40)

L. M. S.

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