A priori a resposta é não; em primeiro lugar porque o
reino de Cristo não é deste mundo, logo a Igreja (Ekklesia) que é o povo que foi
chamado para fora do mundo, não é deste mundo. Já vi num determinado site
alguém contestando o significado da palavra “Ekklesia” por sua etimologia,
justificando que o radical de certas palavras não dá o significado real de
alguma coisa, tipo a palavra “butterfly” (borboleta) no inglês que é composta
de dois elementos: butter – manteiga; fly – mosca. Bem, a língua inglesa não é
a língua grega e a questão aqui não se trata de apenas de etimologia e sim de
exegese contextual, pois os Evangelhos e as Epístolas são enfáticos em afirmar
que os cristãos não são do mundo, mas foram escolhidos e chamados para fora
dele ainda que vivendo nele (João 8:23; 10:1-9; 15:19; 17:14,16; 1 João 2:25;
Tiago 2:5; 4:4).
Voltando ao assunto do título, em segundo lugar, como não
somos deste mundo, porque a nossa pátria não é terrestre, não militamos com as
armas da carne, pois vivemos em espírito pela fé e, como estrangeiros,
peregrinamos em terra alheia, assim como Abraão, o nosso pai na fé (Hebreus 11:
9,13). Mas embora haja tantas evidências bíblicas desta verdade, ainda há
cristãos que insistem em viver no mundo como se dele dependessem (1 Coríntios
11: 30).
Os governos eleitos democraticamente ou não, as
autoridades civis ou militares e os demais cargos de relevância do mundo
existem por presciência, propósito e determinação de Deus. Não há autoridade
que não seja constituída por Deus na Terra, e não há nenhuma autoridade que não
venha Dele, portanto protestos e manifestações contra qualquer autoridade
terrena é insubordinação aos propósitos divinos. Veja o que diz Paulo em
Romanos 13: 1-7:
“Toda alma esteja sujeita às autoridades
superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem
foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à
ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
Porque os magistrados não são motivo de temor para os que fazem o bem, mas para
os que fazem o mal. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e
terás louvor dela; porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se
fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus,
e vingador em ira contra aquele que pratica o mal. Pelo que é necessário que
lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da
consciência. Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de
Deus, para atenderem a isso mesmo. Dai a cada um o que lhe é devido: a quem
tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra,
honra”.
"Mas nós esperamos um Novo Céu e uma Nova Terra onde habitará a justiça de Deus" (2 Pedro 3: 13).
L. M. S.
"Mas nós esperamos um Novo Céu e uma Nova Terra onde habitará a justiça de Deus" (2 Pedro 3: 13).
L. M. S.
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