Nos livros de II Reis cap. 18. 13..., II Crônicas cap. 32 e Isaías cap. 36 e
37, que compõem o Antigo Testamento bíblico são narradas histórias sobre a
invasão da Assíria em Judá e Israel.
1. O
exército dos assírios foi destruído (II Reis 19. 35).
2.
Heródoto, historiador grego, ao escrever sobre a história do Egito, relata que
um faraó pacifista foi poupado de ser invadido pela Assíria porque uma peste
atacou o exército assírio. Este relato é interpretado como sendo a versão
egípcia do ataque de Senaqueribe a Judá, já que a região era passagem entre a
Assíria e o Egito.
3. O
relato jactancioso de Senaqueribe sobre sua campanha contra Judá:
a .
"_Quanto a Ezequias, o judaico, ele não se submeteu ao meu jugo. Eu montei
cerco em 46 de suas cidades fortificadas e em incontáveis pequenas aldeias; a
tudo conquistei usando rampas de acesso que nos colocaram perto das muralhas
(...). Eu expulsei 200.150 pessoas, jovens e velhos, homens e mulheres,
cavalos, mulas, jumentos, camelos, gado grande e pequeno além da conta, e a
tudo considerei como pilhagem de guerra. Ele mesmo eu o fiz prisioneiro em
Jerusalém, na sua residência real, como um pássaro numa gaiola. (...) Suas
cidades que eu saqueei, eu as tomei de seu país e as dei todas a Motinti, rei
de Asdode, a Padi, rei de Eglon, e a Sillibel, rei de Gaza. Dessa maneira, eu
reduzi seu país, mas ainda aumentei meu tributo. O próprio Ezequias enviou-me
mais tarde, a Nínive, minha cidade senhorial, junto com 30 talentos de ouro,
800 talentos de prata, pedras preciosas, antimônio, grandes blocos de pedra
vermelha, leitos (incrustados) de marfim, cadeiras-nimedu (incrustadas) de
marfim, couros de elefante, ébano, buxos (e) todas as espécies de tesouros
valiosos, suas (próprias) filhas, concubinas, músicos e músicas. A fim de
entregar o tributo e prestar homenagem como escravo, ele enviou seu mensageiro
(pessoal).”
b. As inscrições de Senaqueribe não mencionam o desastre sofrido por suas forças. Mas, conforme comenta o Professor Jack Finegan: “Em vista do tom geral de jactância que permeia as inscrições dos reis assírios, dificilmente se esperaria que Senaqueribe registrasse tal derrota.” Esta versão jactanciosa aumenta de 300 para 800 o número de talentos de prata enviados, e, sem dúvida, faz o mesmo com outros pormenores do tributo pago;
b. As inscrições de Senaqueribe não mencionam o desastre sofrido por suas forças. Mas, conforme comenta o Professor Jack Finegan: “Em vista do tom geral de jactância que permeia as inscrições dos reis assírios, dificilmente se esperaria que Senaqueribe registrasse tal derrota.” Esta versão jactanciosa aumenta de 300 para 800 o número de talentos de prata enviados, e, sem dúvida, faz o mesmo com outros pormenores do tributo pago;
c. O
relato de Senaqueribe confirma notavelmente o registro bíblico e mostra que
Senaqueribe não afirmou ter capturado Jerusalém. Deve-se notar, porém, que
Senaqueribe apressou-se em voltar à Nínive, depois do desastre das suas tropas,
divinamente provocado, e assim, o relato invertido de Senaqueribe
convenientemente apresenta que Ezequias lhe pagou o tributo em Nínive mediante
um mensageiro especial. Certamente é significativo que antigas inscrições e
registros não mostram nenhuma campanha adicional de Senaqueribe na Palestina,
embora historiadores afirmem que seu reinado continuou por mais 20 anos.
d.
Senaqueribe apresenta a questão de Ezequias pagar tributo como ocorrido depois
da ameaça assíria de um sítio contra Jerusalém, ao passo que o relato bíblico
mostra que foi pago antes para que fosse evitada uma invasão assíria.
e. O
provável motivo desta inversão é que o término desta campanha de Senaqueribe
acha-se envolto em obscuridade. O que ele fez após a captura de Ecrom ainda é
um mistério. Em seus anais, Senaqueribe situa neste ponto a punição que
infligiu a Ezequias, sua incursão contra o país de Judá, e sua distribuição do
território e das cidades de Judá. Esta ordem dos eventos parece ser uma cortina
que esconde algo que ele não deseja mencionar.
f. O registro bíblico mostra que Senaqueribe voltou apressadamente à Nínive logo após a sua desastrosa campanha e que não houve nenhuma outra investida de suas tropas na Palestina, mesmo que seu reinado ainda tenha durado por mais 20 anos.
f. O registro bíblico mostra que Senaqueribe voltou apressadamente à Nínive logo após a sua desastrosa campanha e que não houve nenhuma outra investida de suas tropas na Palestina, mesmo que seu reinado ainda tenha durado por mais 20 anos.
g.
Josefo, historiador judeu do primeiro século EC, afirma citar o babilônio
Beroso (considerado ser do terceiro século AEC), que registraria o evento do
seguinte modo: “Quando Senaqueirimos (Senaqueribe) retornou a Jerusalém da sua
guerra com o Egito, encontrou ali a força sob Rabsaqué em perigo duma praga,
porque Deus infligira uma doença pestilenta ao seu exército, e na primeira
noite do sítio, cento e oitenta e cinco mil homens haviam perecido junto com
seus comandantes e oficiais.”
h.
Heródoto, historiador grego do quinto século AEC, afirma que uma “espantosa
multidão de ratos do campo espalhou-se pelo acampamento [assírio] inimigo,
pondo-se a roer os arneses, os arcos e as correias que serviam para manejar os
escudos”, impedindo-os assim de realizar uma invasão no Egito.
4. As escavações arqueológicas demonstram que os assírios promoveram uma campanha sistemática de cerco e pilhagens. A cidade judaica de Azekah, que foi tomada de assalto, pilhada e, em seguida, devastada. Laquis foi completamente destruída. Escavações realizadas nas décadas de 1930 e de 1970, revelaram a ferocidade do assalto assírio. Nas cavernas próximas à cidade, foram encontradas sepulturas coletivas com cerca de 1.500 corpos de homens, mulheres e crianças.
5. Por incrível que pareça Jerusalém não foi invadida. Relatos Egípcios afirmam que os Assírios perderam boa parte de seus soldados em uma tentativa de invadir a capital de Judá. A Estela de Senaqueribe nada consta os reais motivos pela não invasão da Capital, no entanto, isso não é de se admirar, pois todos os reis da antiguidade não costumavam relatar suas derrotas militares.
6. Os profetas Isaías e Miquéias descrevem os horrores que se abateram sobre o povo de várias cidades, atribuindo-os à punição divina: "Nada digam em Gate, não chorem absolutamente; em Bet-Leafra, rolem no pó. Passem os habitantes de Safit em nudez e vergonha; os habitantes de Saanã de lá não sairão; o lamento de Bet-Esel será tirado dos que lá ficarão; os habitantes de Marot esperam pelo bem, porque o mal lhes foi enviado pelo Senhor" (Miquéias 1. 10-11).
7. O sofrimento humano e as perdas materiais dos hebreus foram resultantes da decisão do rei Ezequias de se rebelar contra a Assíria, de quem Judá se tornara tributária desde a destruição do Reino de Israel, confiando na força de seus aliados. Ainda que Jerusalém não tenha caído, amplas regiões do reino foram devastadas, a valiosa terra agrícola de Shephelah foi entregue por Senaqueribe às cidades da Filisteia (Palestina), muitos hebreus foram aprisionados e deportados. Ezequias recebera de seu antecessor um reino próspero. O que ele legou ao seu filho e sucessor, Manassés, diminuíra consideravelmente de tamanho e de poder.
Fontes: Bíblia Sagrada, Wikipédia, Dicionário Bíblico, Biblioteca On-line Torre de Vigia.
L. M. S.
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