MANANCIAL

MANANCIAL
"Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada". (Cânticos 4:12)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

BATISMO INFANTIL.

Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, "o batismo", não do despojamento da imundícia da carne, mas da "indagação de uma boa consciência" para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo; (1 Pedro 3:21).
E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: "É lícito", se "crês de todo o coração". E, respondendo ele, disse: "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus". E mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. (Atos 8: 36-38).
Olha! Não há nenhum registro nas Escrituras de que João Batista ou os discípulos de Cristo tenham batizado crianças, pois o batismo é um sinal do "arrependimento" para quem crê e tem consciência o seu pecado, algo impossível às crianças, visto que elas são inocentes (não discernem entre o bem e o mal) e por isso não precisam de arrependimento e nem de crer para entrarem no reino de Deus.
O rito da circuncisão foi um selo na carne, hoje o Selo de Deus em nós é o Seu Espírito Santo; a promessa feita a Abraão tinha que ser visível na geração que saiu dos seus lombos, justamente porque eles não tinham o Espírito Santo de Deus testificando com os seus espíritos que eles eram filhos de Deus.

Jesus ao estabelecer a "Nova Aliança" do Seu sangue, não nos deixou ritos, mas símbolos: batismo para os que creem e a Ceia do Senhor para os membros de Seu Corpo; e tanto um (batismo) como a outra (Ceia do Senhor) simbolizam a vida piedosa no Espírito a qual foi lavada no sangue de Jesus para purificar a consciência das "obras mortas" (leia-se: "ritos"). Portanto batizar crianças que não tem "nenhuma consciência" de pecado é sem dúvida uma falsa doutrina herdada do catolicismo romano.  

O argumento de quem usa de Romanos 4: 11 para defesa do batismo infantil é até irracional. Eles afirmam que Abraão recebeu o “sinal da circuncisão”, como “selo da justiça da fé” para que fosse “pai” de todos os que creem, e assim a Aliança de Deus com Abraão é a mesma Aliança do Novo Testamento, portanto se naquele pacto as crianças deveriam ser ao oitavo dia de vida circuncidadas e, segundo Colossenses 2: 11 e 12, o batismo nos foi dado em lugar da circuncisão, então devemos batizar os recém-nascidos. Ora! Se isso fosse o correto, então ainda deveríamos construir altares, sacrificar animais, adulterar se a esposa não puder ter filhos, mentir para salvar a vida e por aí vai. Porque Abraão fez todas estas coisas mesmo depois de crer em Deus e lhe ser dado o sinal da circuncisão.
Está escrito que Deus, “depois da justificação pela fé”, deu a Abraão a "ALIANÇA DA CIRCUNCISÃO": ... "e assim gerou a Isaque, e o circuncidou ao oitavo dia; e Isaque a Jacó; e Jacó aos doze patriarcas (Atos 7: 8). Ou seja, a ALIANÇA DA CIRCUNCISÃO "exigia" que todo o macho nascido sob ela fosse circuncidado, mas se aquela "aliança" - sob a qual todo o judeu é nascido - fosse perfeita, nunca se teria buscado lugar para a "segunda" (Hebreus 8:7). 

Notemos que a circuncisão (Gênesis 17) não era opcional e sim uma exigência daquela aliança, contudo na "Nova Aliança" nada pode ser obrigatório, mas voluntário. Portanto o batismo também deve ser uma decisão consciente e opcional. Deus quer corações voluntários para compor Seu séquito de verdadeiros adoradores.

Aquele, pois, que vos dá o Espírito, e que opera maravilhas entre vós, o faz pelas "obras da lei", ou pela "pregação da fé"? Assim como Abraão "creu em Deus", e isso lhe foi "imputado como justiça". Sabei, pois, que "os que são da fé" são "filhos de Abraão" (Gálatas 3:5-7). 

Porque dizemos que a "fé foi imputada como justiça" a Abraão. Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na "incircuncisão". E recebeu o "sinal da circuncisão", "selo da justiça da fé" quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que creem, estando eles também na incircuncisão; a fim de que também a justiça lhes seja imputada (Romanos 4: 9,10,11). O texto não trata de ritos, mas da justificação pela fé daquele que, circunciso ou incircunciso, creu em Deus mediante Jesus Cristo.  

Lendo os versos acima podemos identificar a tendenciosidade dos que defendem o batismo infantil quando usam o verso 11 de Romanos 4 isolado do seu contexto, tal qual fazem todos os que querem inserir ou dar suporte às falsas doutrinas nas Igrejas.
L. M. S.

Nenhum comentário:

Postar um comentário