O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu a
evangelizar os pobres; enviou-me a proclamar liberdade aos cativos, a restaurar
a visão aos cegos, e pôr em liberdade os presos, e apregoar o ano aceitável do
Senhor (Lucas 4: 18).
Há certas pregações (mal feitas) que ao invés de edificar
a fé, derruba-a.
No “Livro do Pregador” (Eclesiastes) diz assim: O
pregador, além de sábio, ensinou ao povo o conhecimento; e atentando e esquadrinhando,
compôs muitos provérbios. Procurou o pregador achar palavras agradáveis e
escrever com retidão palavras de verdade. As palavras dos sábios são como
aguilhões, e como pregos bem fixados as sentenças coligidas, dadas pelo único
Pastor (Eclesiastes 12: 9-11).
Ensinar ao povo o conhecimento esquadrinhado de antemão,
achar palavras certas e escrevê-las com retidão, tornar sentenças coligidas
(reunidas, agrupadas, coletadas, organizadas) como pregos bem fixados é a
tarefa e o dever básico de todos os que almejam pregar e ensinar a Palavra de
Deus aos outros. Se for ministério, seja apto em ministrar; se é ensinar, que
haja dedicação ao ensino (Romanos 12: 7).
Os textos dos versos de Mateus, Marcos e Lucas citados no título deste estudo, narram
Jesus em Nazaré, cidade em que fora criado, onde viviam seus
parentes, conhecidos e amigos de infância, ou seja, não era uma cidade de estranhos. Contudo Jesus não fez ali muitos milagres, e isto por causa da
incredulidade dos que já o conheciam há muito tempo (Mat. 13: 58).
Marcos cap. 6, verso 5, afirma categoricamente que Jesus
“não pôde fazer nenhum milagre”, senão curar uns poucos enfermos.
A INCREDULIDADE DOS NAZARENOS.
Não é este o filho do carpinteiro?! Não é este o
carpinteiro, o filho de José?! Não se chama a sua mãe Maria?! Não é ele irmão
de Tiago, José, Judas e Simeão?! Não vivem as suas irmãs entre nós?! E
escandalizavam-se Nele. (Mat. 13: 55-57; Marcos 6: 3; Lucas 4: 22).
Os habitantes de Nazaré escandalizavam-se e não criam no
que tinham ouvido falar de Jesus e de seus milagres realizados em Cafarnaum
(Lucas 4: 23). Mas mesmo em meio à incredulidade deles, Cristo ainda curou alguns
enfermos dali (Mat. 13: 58; Marcos 6: 5). Mas... Quais foram os enfermos
agraciados com a bênção da cura? Somente os nazarenos que a buscaram em Jesus.
Os habitantes de Nazaré que foram a Cristo e lançaram suas misérias aos Seus
pés alcançaram a libertação.
Já ouvi de alguns que ministraram a Palavra concernente a
este assunto (Marcos 6: 5), concluírem que num ambiente de incredulidade,
Jesus Cristo não consegue operar milagres porque todos os enfermos que Jesus
curou estavam num local favorável à fé. Então, se alguém vem até Cristo para
ser liberto e nada acontece, tal fracasso sucederá por causa da falta de fé do
enfermo e do ambiente em que ele se encontra. Mas o texto não diz isso; Marcos disse que Jesus não pôde fazer nenhum
milagre, senão curar uns poucos enfermos impondo-lhes as mãos. Isto quer dizer
que, embora Ele estivesse no meio de gente incrédula, os que O buscaram, O
acharam.
“Um dia, quando Ele estava ensinando,
achavam-se ali sentados fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas
as aldeias da Galiléia e da Judéia, e de Jerusalém; e o poder do Senhor estava
com Ele para curar”. (Lucas 5: 17).
Cristo tem o poder de curar em qualquer lugar e em
qualquer situação, porque a virtude (disposição para o bem) de Deus é com Ele,
isto é, Deus o ungiu para isso mesmo: curar os enfermos, libertar os cativos,
dar visão aos cegos, evangelizar os mansos, restaurar os contritos de coração,
consolar os tristes e apregoar o ano aceitável do Senhor, a justiça e o juízo
de Deus (Isaías 61: 1,2).
A FÉ QUE CURA.
A doutrina errônea difundida nas Igrejas é que quem tem
que ter fé para ser curado da enfermidade é somente o doente e não quem ora por
ele, mas não é isso que a Bíblia ensina. Vejamos o que diz Tiago, o irmão do
Senhor:
“Está doente algum de vós?
Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome
do Senhor; e A ORAÇÃO DA FÉ SALVARÁ O DOENTE, E O SENHOR O LEVANTARÁ; e, se
houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, portanto, os vossos
pecados uns aos outros, e ORAI UNS PELOS OUTROS, PARA SERDES CURADOS. A súplica
de um justo pode muito na sua atuação” (Tiago 5: 14-16).
Como vimos acima, não é só o doente quem
deve ter fé, mas quem ora por ele também (Mateus 18:19 - "Se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus"). Como podemos esperar que alguém enfraquecido
pela enfermidade seja o único a ter forças para crer e ser curado? Assim Deus também não
espera isso, mas espera que suportemos uns aos outros em amor (Efésios 4: 2); quando
se diz “suportar”, não está dizendo “aturar”, mas dar suporte, dar apoio,
sustentar os que estão abatidos seja na carne ou no espírito.
Jesus certa vez chegou ao tanque de
Betesda e viu que ali jazia grande multidão de enfermos esperando o movimento
das águas daquele tanque (João 5). Era um lugar místico, pois fora construído
pelos pagãos – talvez romanos – em honra a Serápis, uma divindade
helenístico-egípcia associada à cura. Lá estava um homem judeu (verso 10), que
há trinta e oito anos buscava a cura para a sua paralisia no lugar errado.
Cristo não perguntou se ele tinha fé (a
genuína fé, a fé no único Deus, a fé no Deus de Israel), nem perguntou a ele se
ele cria Nele, pois o paralítico nem sabia quem era Jesus.
Cristo perguntou somente isto: “Queres ficar são”? (João 5: 6). Porém aquele
homem continuava com sua atenção voltada para as crendices locais de que um
anjo descia, agitava as águas do tanque e o primeiro que ali mergulhasse ficava
são (versos 4 e 7). Mas o Senhor não quis nem saber o que ele pensava ou cria,
pois foi logo lhe dizendo; “Levanta, toma o teu leito e anda”; e imediatamente
ele foi curado (verso 8 e 9). A Palavra de Jesus tem poder, primeiro para despertar a fé naquele que a ouve (Romanos 10:17), e segundo para libertar os cativos (Isaías 61:1).
Jesus operou muitos outros milagres em ambientes
de incredulidade, não importava se os espectadores tinham ou não
fé Nele, o que valia era o Seu poder para curar, libertar e para restaurar a fé,
porque Ele tinha fé em Deus. Certa vez Ele disse: “Pai, bem sei que me ouves,
mas disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que Tu
me enviaste” (João 11: 42). Ali, em Betânia, na casa de Lázaro, cujo corpo jazia morto
há quatro dias, aquelas pessoas incrédulas viram a glória de Deus (versos 39 e
40). Disse Jesus: “Lázaro vem para fora” (versos 39-43).
E ESTES SINAIS SEGUIRÃO AOS QUE CREREM:
Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas
serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; E
PORÃO AS MÃOS SOBRE OS ENFERMOS, E OS CURARÃO. Ora, o Senhor, depois de lhes
ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. E eles, tendo
partido, pregaram por todas as partes, COOPERANDO COM ELES O SENHOR, e CONFIRMANDO
A PALAVRA COM OS SINAIS QUE SE SEGUIRAM. Amém. (Marcos 16: 17-20).
Os sinais acompanham somente os que creem em Jesus. Se você crê em Cristo Jesus, os enfermos serão curados no Seu Santo Nome. Pois se você crer, você verá a glória de Deus.
Amém!
Amém!
L. M. S.
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