MANANCIAL

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"Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, manancial fechado, fonte selada". (Cânticos 4:12)

sábado, 27 de abril de 2024

A INERRÂNCIA DAS ESCRITURAS SAGRADAS.

(25 – 04 – 2024).

Todo crente em Jesus Cristo, segundo Efésios 6:14-17, para estar firme diante de Deus, deverá:

1.  “Cingir os lombos com a verdade” – A verdade de Cristo Jesus deve cobrir o nosso ventre contra as inclinações da carne;

2.  “Vestir a couraça da justiça” – A dualidade da mente (pensamentos e paixões carnais) pende para o que vê e ignora o que não vê, isto é, quando caímos numa armadilha diabólica (por algum motivo involuntário é claro) nós nos sentimos arruinados espiritualmente, e nessa condição a tendência é ignorar que temos a restauração e o perdão em Cristo, ou seja, contra todo sentimento ou conjectura da razão humana, a justiça de Deus deverá permanecer cobrindo nosso coração tal qual a couraça dos soldados cobria os seus órgãos vitais;

3.  “Calçar os pés com a preparação de Evangelho” – Os rudimentos da doutrina de Cristo [Hb.6:1,2];

4.  Tomar sobre tudo o escudo da fé – É pela fé que o crente anda, e é pela fé que o crente vive para Deus, pois a fé é como um escudo capaz de apagar até as setas inflamadas do inimigo de nossas almas;

5.  “Usar o capacete da salvação” – É a blindagem da nossa mente contra as doutrinas de demônios ou dos homens,

6.  Empunhar a “espada do Espírito” – A Palavra de Deus é a espada divina que pode atingir o profundo do nosso interior e desvendar os segredos do nosso coração [Hb.4:12].

Tendo isto em mente, tudo o que está escrito na Bíblia é verdade e inerrante, pois ela é a Palavra de Deus, e Ele não é homem para que minta [Nm.23:19]; e como a Bíblia chegou até nós é assim mesmo que o Senhor quis, pois Ele na sua soberania e poder, a guiou através dos séculos de história da humanidade, para a nossa salvação; quando pomos em dúvida qualquer página, ou doutrina, ou frase, quer seja sobre algum relato histórico, teológico, ou científico, não estamos questionando apenas um livro, mas a Palavra de Deus, e quem tem dúvidas de que a Bíblia seja realmente livre de erros, ou que tenta conciliá-la com as ciências dos homens, já descrê da soberania e do poder de Deus. Se a Bíblia não for “a verdade”, nós, mesmo em vida, ainda estamos mortos em pecados, e nada mais nos resta senão a morte eterna.

Ev. Levi.

Vejamos que os homens de Deus disseram sobre a Bíblia:

“A inspiração não é um evento isolado. O Espírito Santo, depois do ato de inspiração, não sai da Sagrada Escritura e a abandona à sua própria sorte, mas a sustenta e anima e, de muitas formas, traz seu conteúdo à humanidade, ao seu coração e consciência”. Herman Bavinck (1854-1921). [1].

“As Sagradas Escrituras são as joias mais caras que Cristo nos deixou e que a igreja de Deus preservou como registros públicos do céu, de maneira que não foram perdidos. (…) O demônio e seus agentes têm soprado para ver se apagam a luz das Escrituras, mas não têm conseguido apagá-la, um sinal evidente de que elas vêm do céu”. Thomas Watson (c. 1620-1686). [2].

“Inspiração é o nome da operação totalmente completa do Espírito Santo mediante a qual Ele concedeu à Igreja uma Escritura completa e infalível”. A. Kuyper (1837-1920). [3].

“A fé cambaleará se a autoridade das Escrituras vacilar. Agostinho” (354-430). [4].

O Espírito Santo é o poder atuante na Igreja, e o Espírito Santo jamais honrará coisa alguma senão a Sua Palavra. Foi o Espírito Santo quem nos deu esta Palavra. Ele é o seu Autor. Não é dos homens! Tampouco a Bíblia é produto da “carne” e do “sangue”. (…) O Espírito não honrará nada, senão Sua Palavra. Portanto, se não crermos e não aceitarmos sua Palavra, ou se de algum modo nos desviarmos dela, não teremos direito de esperar a bênção do Espírito Santo. O Espírito Santo honrará a verdade, e não honrará outra coisa. Seja o que for que fizermos, se não honrarmos esta verdade, Ele não nos honrará. D. M. Lloyd-Jones (1899-1981). [5].

A Inspiração e inerrância bíblica são verdades fundamentais da fé cristã, das quais depende toda a nossa formulação teológica. Essas verdades permeiam toda a História da Igreja. É pura ingenuidade supor que o ensino destas doutrinas seja algo novo, posterior à Reforma, resultante da Ortodoxia do século XVII[7] ou fruto do “fundamentalismo” do século XX. [8]. Na realidade, Jesus Cristo e os apóstolos [9] em nenhum momento sugeriram qualquer “engano”, “equívoco” ou “contradição” nas páginas do Antigo Testamento.

Um só Autor.

É preciso deixar a Escritura ser Escritura. Com isso queremos dizer que não podemos impor teorias estranhas à Escritura para avaliá-la, antes, temos de partir do testemunho que a própria Escritura dá de si mesma.

A autoconsciência da Palavra a respeito de sua autoridade é resultante do Espírito que é o seu Autor. A igreja confessa a inspiração da Escritura porque crê no seu testemunho. Essa confissão também é parte da obra do Espírito que abre os nossos olhos para as evidências que sem a sua ação passariam despercebidas.

Nas Escrituras os profetas e os apóstolos falaram a Palavra de Deus, dirigidos pelo Espírito Santo. Por isso, podemos afirmar de antemão, que a Escritura tem apenas um único Autor primário: O Espírito. É isto que queremos dizer quando declaramos, fazendo eco à afirmação de Paulo, de que a Escritura é “inspirada” por Deus.

A palavra “inspiração” não ocorre no Novo Testamento. Ela só aparece uma única vez no Antigo Testamento: “Mas ninguém diz: Onde está Deus que me fez, que inspira (Nãthan) = “dar”, “conceder”) canções de louvor durante a noite” (Jó 35.10) (ARA).[14]

No Novo Testamento, a palavra é decorrente de uma tradução interpretativa do texto de 2Tm 3.16, que diz: “Toda Escritura é inspirada por Deus…”. A expressão “inspirada por Deus” provém de um único termo grego, θεόπνευστος (theopneustos), que só ocorre aqui. (Não aparece na LXX). Todavia, a tradução que temos (Almeida, Revista e Atualizada), segue aqui a Vulgata, que traduz, “divinitus inspirata”. [15].

A palavra  theopneustos não significa “ins-pirado” mas, sim “ex-pirado”; ou seja, ao invés de soprado para dentro, soprado para fora. Sobre este adjetivo, comenta Brown (1932-2019):

Não significa qualquer modo específico de inspiração, tal qual alguma forma de ditado divino. Nem sequer dá a entender a suspensão das faculdades cognitivas normais dos autores humanos. Do outro lado, realmente quer dizer algo bem diferente da inspiração poética. É um erro omitir o elemento divino no termo, transmitido por theo (The New English Bible faz assim, ao traduzir a frase; “toda escritura inspirada”).[16] É claro que a expressão não dá a entender que algumas escrituras são inspiradas, enquanto outras não são. Todas as Sagradas Escrituras expressam a mente de Deus; fazem assim, no entanto, com o alvo da sua operação prática na vida. [17].

O que Paulo nos diz é que toda e cada parte da Escritura Sagrada é soprada, exalada por Deus. A ênfase está na procedência divina. Em toda a redação da Escritura Deus esteve “expirando” os autores secundários. Ou, se tomarmos a palavra apenas no sentido passivo, diremos que “Deus em sua revelação é soprado pelas páginas das Escrituras”. Deste modo, podemos dizer que Deus é o Autor e o Conteúdo das Escrituras...

https://voltemosaoevangelho.com/blog/2024/04/o-espirito-e-a-escritura-capitulo-1/

CONCLUSÃO.

Hebreus 2:1-3a. 1. Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. 2. Porque, se a Palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, 3. Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação...?

Ev. Levi.

 

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