(25 – 04 – 2024).
Todo crente em Jesus Cristo, segundo Efésios 6:14-17, para estar firme
diante de Deus, deverá:
1.
“Cingir os lombos com a verdade” – A verdade de
Cristo Jesus deve cobrir o nosso ventre contra as inclinações da carne;
2.
“Vestir a couraça da justiça” – A dualidade da mente (pensamentos
e paixões carnais) pende para o que vê e ignora o que não vê, isto é, quando
caímos numa armadilha diabólica (por algum motivo involuntário é claro) nós nos
sentimos arruinados espiritualmente, e nessa condição a tendência é ignorar que
temos a restauração e o perdão em Cristo, ou seja, contra todo sentimento ou
conjectura da razão humana, a justiça de Deus deverá permanecer cobrindo nosso
coração tal qual a couraça dos soldados cobria os seus órgãos vitais;
3.
“Calçar os pés com a preparação de Evangelho” – Os rudimentos
da doutrina de Cristo [Hb.6:1,2];
4.
Tomar sobre tudo o escudo da fé – É pela fé que o crente
anda, e é pela fé que o crente vive para Deus, pois a fé é como um escudo capaz
de apagar até as setas inflamadas do inimigo de nossas almas;
5.
“Usar o capacete da salvação” – É a blindagem da nossa
mente contra as doutrinas de demônios ou dos homens,
6.
Empunhar a “espada do Espírito” – A Palavra de Deus é a
espada divina que pode atingir o profundo do nosso interior e desvendar os
segredos do nosso coração [Hb.4:12].
Tendo isto em mente, tudo o que está escrito na Bíblia é verdade e
inerrante, pois ela é a Palavra de Deus, e Ele não é homem para que minta
[Nm.23:19]; e como a Bíblia chegou até nós é assim mesmo que o Senhor quis,
pois Ele na sua soberania e poder, a guiou através dos séculos de história da
humanidade, para a nossa salvação; quando pomos em dúvida qualquer página, ou
doutrina, ou frase, quer seja sobre algum relato histórico, teológico, ou
científico, não estamos questionando apenas um livro, mas a Palavra de Deus, e
quem tem dúvidas de que a Bíblia seja realmente livre de erros, ou que tenta
conciliá-la com as ciências dos homens, já descrê da soberania e do poder de
Deus. Se a Bíblia não for “a verdade”, nós, mesmo em vida, ainda estamos mortos
em pecados, e nada mais nos resta senão a morte eterna.
Ev. Levi.
Vejamos que os homens de Deus disseram sobre a Bíblia:
“A inspiração
não é um evento isolado. O Espírito Santo, depois do ato de inspiração, não sai
da Sagrada Escritura e a abandona à sua própria sorte, mas a sustenta e anima
e, de muitas formas, traz seu conteúdo à humanidade, ao seu coração e
consciência”. Herman Bavinck (1854-1921). [1].
“As Sagradas
Escrituras são as joias mais caras que Cristo nos deixou e que a igreja de Deus
preservou como registros públicos do céu, de maneira que não foram perdidos.
(…) O demônio e seus agentes têm soprado para ver se apagam a luz das Escrituras,
mas não têm conseguido apagá-la, um sinal evidente de que elas vêm do céu”. Thomas Watson
(c. 1620-1686). [2].
“Inspiração é o
nome da operação totalmente completa do Espírito Santo mediante a qual Ele
concedeu à Igreja uma Escritura completa e infalível”. A. Kuyper
(1837-1920). [3].
“A fé cambaleará
se a autoridade das Escrituras vacilar. Agostinho” (354-430). [4].
O Espírito Santo
é o poder atuante na Igreja, e o Espírito Santo jamais honrará coisa alguma
senão a Sua Palavra. Foi o Espírito Santo quem nos deu esta Palavra. Ele é o
seu Autor. Não é dos homens! Tampouco a Bíblia é produto da “carne” e do
“sangue”. (…) O Espírito não honrará nada, senão Sua Palavra. Portanto, se não
crermos e não aceitarmos sua Palavra, ou se de algum modo nos desviarmos dela,
não teremos direito de esperar a bênção do Espírito Santo. O Espírito Santo
honrará a verdade, e não honrará outra coisa. Seja o que for que fizermos, se
não honrarmos esta verdade, Ele não nos honrará. D. M.
Lloyd-Jones (1899-1981). [5].
A Inspiração e inerrância bíblica são verdades fundamentais da fé
cristã, das quais depende toda a nossa formulação teológica. Essas verdades
permeiam toda a História da Igreja. É pura ingenuidade supor que o ensino
destas doutrinas seja algo novo, posterior à Reforma, resultante da Ortodoxia
do século XVII[7] ou fruto do “fundamentalismo” do século XX. [8]. Na
realidade, Jesus Cristo e os apóstolos [9] em nenhum momento sugeriram qualquer
“engano”, “equívoco” ou “contradição” nas páginas do Antigo Testamento.
Um só Autor.
É preciso deixar a Escritura ser Escritura. Com isso queremos dizer
que não podemos impor teorias estranhas à Escritura para avaliá-la, antes,
temos de partir do testemunho que a própria Escritura dá de si mesma.
A autoconsciência da Palavra a respeito de sua autoridade é
resultante do Espírito que é o seu Autor. A igreja confessa a inspiração da
Escritura porque crê no seu testemunho. Essa confissão também é parte da obra
do Espírito que abre os nossos olhos para as evidências que sem a sua ação
passariam despercebidas.
Nas Escrituras os profetas e os apóstolos falaram a Palavra de Deus,
dirigidos pelo Espírito Santo. Por isso, podemos afirmar de antemão, que a
Escritura tem apenas um único Autor primário: O Espírito. É isto que queremos
dizer quando declaramos, fazendo eco à afirmação de Paulo, de que a Escritura é
“inspirada” por Deus.
A palavra “inspiração” não ocorre no Novo Testamento. Ela só aparece
uma única vez no Antigo Testamento: “Mas ninguém diz: Onde está Deus que me
fez, que inspira (Nãthan) = “dar”, “conceder”) canções de louvor durante a
noite” (Jó 35.10) (ARA).[14]
No Novo Testamento, a palavra é decorrente de uma tradução
interpretativa do texto de 2Tm 3.16, que diz: “Toda Escritura é inspirada por
Deus…”. A expressão “inspirada por Deus” provém de um único termo grego,
θεόπνευστος (theopneustos), que só ocorre aqui. (Não aparece na LXX). Todavia,
a tradução que temos (Almeida, Revista e Atualizada), segue aqui a Vulgata, que
traduz, “divinitus inspirata”. [15].
A palavra theopneustos não
significa “ins-pirado” mas, sim “ex-pirado”; ou seja, ao invés de soprado para
dentro, soprado para fora. Sobre este adjetivo, comenta Brown (1932-2019):
Não significa
qualquer modo específico de inspiração, tal qual alguma forma de ditado divino.
Nem sequer dá a entender a suspensão das faculdades cognitivas normais dos
autores humanos. Do outro lado, realmente quer dizer algo bem diferente da
inspiração poética. É um erro omitir o elemento divino no termo, transmitido
por theo (The New English Bible faz assim, ao traduzir a frase; “toda escritura
inspirada”).[16] É claro que a expressão não dá a entender que algumas
escrituras são inspiradas, enquanto outras não são. Todas as Sagradas
Escrituras expressam a mente de Deus; fazem assim, no entanto, com o alvo da
sua operação prática na vida. [17].
O que Paulo nos diz é que toda e cada parte da Escritura Sagrada é
soprada, exalada por Deus. A ênfase está na procedência divina. Em toda a
redação da Escritura Deus esteve “expirando” os autores secundários. Ou, se
tomarmos a palavra apenas no sentido passivo, diremos que “Deus em sua
revelação é soprado pelas páginas das Escrituras”. Deste modo, podemos dizer que
Deus é o Autor e o Conteúdo das Escrituras...
https://voltemosaoevangelho.com/blog/2024/04/o-espirito-e-a-escritura-capitulo-1/
CONCLUSÃO.
Hebreus 2:1-3a. 1. Portanto, convém-nos atentar com mais
diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos
desviemos delas. 2. Porque, se a Palavra falada pelos anjos permaneceu
firme, e toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
3. Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação...?
Ev. Levi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário