Todas
as coisas me são lícitas, MAS NEM TODAS AS COISAS CONVÊM. Todas as coisas me
são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas (1 Coríntios
6:12).
Significado de Convêm - Flexão do verbo convir na
terceira pessoa do plural - Ação de convir: concordar, aceitar, admitir,
combinar, condizer, conveniência, adequação, utilidade ou proveito.
Tem gente que vive uma meninice espiritual constante e nunca cresce na graça porque fica o tempo todo como que pedindo a alguém autorização ou permissão para pecar ou para não pecar. A pergunta correta não é se o cristão “pode ou não pode”
comer sangue, carne de animal sufocado ou se servir de coisas consagradas aos ídolos, mas se o
cristão “deve ou não deve comer” ou se convém ou não convém . Bem! Se assim o é então, as perguntas a serem
feitas são: Em que o comer sangue será proveitoso ou útil à fé em Cristo? Comer
carne de animal sufocado é adequado ou admissível ao testemunho de fé em Jesus?
A fé em Jesus Cristo concorda ou combina com o que foi sacrificado aos ídolos? E
ainda: Por que a Igreja de Jerusalém deu estas ordenanças?
Lemos em Atos 15 o que os apóstolos, anciãos e os demais
irmãos escreveram na carta enviada aos cristãos gentios: “NA VERDADE PARECEU BEM AO ESPÍRITO SANTO E A NÓS NÃO VOS IMPOR ENCARGO
ALGUM SENÃO ESTAS COISAS NECESSÁRIAS: QUE
VOS ABSTENHAIS DO SANGUE, DO QUE É SUFOCADO, DO SACRIFICADO AOS ÍDOLOS E DA
FORNICAÇÃO” (Atos 15:28,29).
O mandamento de não comer sangue não está apenas na Lei,
mas é anterior a ela; Deus disse a Noé: “Tudo
quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado
como a erva verde. A carne, porém, com
sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis. Certamente requererei o vosso
sangue, o sangue das vossas vidas; da mão de todo o animal o requererei; como
também da mão do homem, e da mão do irmão de cada um requererei a vida do homem.
Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua
imagem” (Gênesis 9:3-6).
A pergunta é: "Se eu tenho fé em Cristo, e se Nele, conforme
a sua imagem fui gerado um filho de Deus; por que comerei sangue, carne
sufocada, ou participarei do que é consagrado aos ídolos?! Que a minha fé não
seja causa de tropeço para os outros, mas de salvação aos perdidos e de louvor
a Deus. Não destruas por causa da comida
a obra de Deus. Na verdade tudo é limpo, mas é um mal para o homem dar motivo
de tropeço pelo comer (Romanos 14:20).
Lembremo-nos que, se estamos em Cristo, somos uma nova criatura e
nessa condição ninguém mais vive ou morre para si mesmo, mas para Deus, pois já
morremos e a nossa vida está escondida com Cristo no Pai, porque o velho “eu”
foi crucificado com Cristo e sepultado pelo batismo, para que o corpo do pecado
seja desfeito e não o sirvamos doravante, e assim sendo, o pecado não terá domínio
sobre nós (2 Cor. 5:17; Rom. 14:7; Col. 3:3; Rom. 6:1-14).
O apóstolo Paulo não invalida a decisão do Concílio de
Jerusalém, mas nos disciplina no que diz respeito a nossa consciência, a qual
deve sempre estar pura e em paz. Ele disse:
Ninguém
busque o proveito próprio; antes cada um, o que é de outrem. Comei de tudo quanto se vende no açougue,
sem perguntar nada, por causa da consciência. Porque a terra é do Senhor e
toda a sua plenitude. E, se algum dos infiéis vos convidar, e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós,
sem nada perguntar, por causa da consciência. Mas, se alguém vos disser: Isto
foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e
por causa da consciência; porque a terra é do Senhor, e toda a sua
plenitude. Digo, porém, a consciência, não a tua, mas a do outro. Pois por que há de a minha liberdade ser
julgada pela consciência de outrem? E, se eu com graça participo; por que
sou blasfemado naquilo por que dou graças? Portanto,
quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória
de Deus. Portai-vos de modo que não
deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. Como
também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de
muitos, para que assim se possam salvar (1
Coríntios 10:24-33).
L. M. S.
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