Se me perguntarem sobre a predestinação, ou da doutrina
da eleição, e dos cinco pontos da fé estabelecidos no Sínodo de
Dort, eu responderei a questão assim: “Senhor, meu coração não se elevou nem
meus olhos se exaltaram. Não me exercito em grandes assuntos nem em coisas
elevadas para mim; decerto, eu fiz calar e sossegar a minha alma; qual criança
desmamada para com sua mãe, tal é minha alma para comigo. Espera Israel no
Senhor desde agora para sempre” (Salmo 131).
Creio que alguns não entenderão a minha resposta e aí
poderão perguntar se tenho certeza da minha salvação; não, não tenho certeza da
“minha salvação”, mas tenho certeza da salvação em Cristo Jesus pelo Seu sangue
expiador; tenho certeza da obra completa de Cristo no Calvário, pois creio que
Deus estava em Jesus reconciliando o mundo Consigo mesmo; tenho plena convicção
de que Jesus morreu em meu lugar e que ressuscitou para justificar-me diante de
Deus Pai. Portanto esperarei NEle e não em mim; confiarei no Seu sacrifício e
não no meu coração; temerei ao Senhor com o temor que Lhe é devido; temerei e
tremerei da Sua Palavra para que a minha alma não se ensoberbeça e eu venha
cair em laço, pois sou apenas um ramo enxertado (eu não sustento a raiz, mas
sou sustentado por ela) e se Deus não poupou aos naturais... Considerarei em
mim a bondade e a severidade de Deus (Rom. 11:17-22), pois maldito é o homem
que confia no homem (Jeremias 17:5).
Seminaristas estão se ocupando das coisas erradas, pois
Calvino ou Armínio não foram apóstolos de Cristo e as suas conjecturas não são
as Escrituras; os cinco pontos do calvinismo não contêm a inspiração divina das
Escrituras, e o Sínodo de Dort foi apenas mais uma reunião de homens
corrompidos estribados em seus corações enganadores; o Espírito Santo não tomou parte naquilo.
Eis
que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá. (Habacuque 2:4).
Viver é uma luta segundo após segundo; o viver pela fé é
uma batalha travada no espírito e na carne e não um recreio; necessitamos de
perseverança para que depois de havermos feito a vontade do Senhor permaneçamos
firmes na fé (Hebreus 10:36), porque Deus é soberano e nós, apenas pó.
“Mas”
o justo viverá pela fé; e, “se” ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós,
“porém”, não somos daqueles que se retiram para a perdição, “mas” daqueles que
creem para a conservação da alma. (Hebreus 10:38,39).
A Palavra do Senhor está repleta de “se”, “mas” e
“porém”; isto para indicar que não devemos confiar em nós mesmos, mas nos
submetermos a Deus para resistirmos ao diabo que anda rugindo como um leão em
derredor; quem vacilar ou relaxar na fé vira presa dele, mas aquele que
perseverar até o fim será salvo.
Aos “doutores em divindade” deixo a poesia cantada aos cristãos
em Roma:
Ó
Profundidade das riquezas, tanto de sabedoria como e da ciência de Deus! Quão
insondáveis são os Teus juízos e quão inescrutáveis são os Teus caminhos! Pois,
quem conheceu a mente do Senhor para ser o Seu conselheiro? Ou quem primeiro deu
a Ele para que seja recompensado? Porque DEle, e por meio DEle, e para Ele são todas
as coisas. A Ele seja, pois, toda a glória eternamente. Amém! (Epístola aos
Romanos 11:33-36).
“E a
semente de Deus permanece nele...” (1 João 3:9).
L. M. S.
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