Ser misericordioso não significa
ser conivente com o mal, quero dizer, o exercício da misericórdia compreende o
serviço e o amor cristão em atenção aos pecadores, porém não quer dizer que
esse serviço de amor deva ignorar o pecado ou ser tolerante (passivo) com
aquilo que é contra Deus. Sabemos que todos nós estamos sujeitos às mesmas
paixões, mas nem por isso daremos ocasião a elas, pois Cristo já venceu o
pecado e o mundo por nós, pois foi Ele mesmo que disse: “No mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo” (João 16:33). Então se
estivermos Nele, a vitória Dele passa ser nossa também.
Porventura a minha Palavra não é
como o fogo, diz o Senhor, e como um martelo que esmiúça a penha? (Jeremias
23:29).
A brandura com os maus caminhos
dos homens causa mais males para estes do que qualquer outra coisa, pois é pelo
conhecimento da verdade “nua e crua” (sem rodeios), que os pecadores são
libertos e salvos do inferno.
Ultimamente, por causa de uma
doutrinação “politicamente correta” em nosso país, palavras como: viciado ou
drogado, sodomita e/ou efeminado, e presos condenados; foram respectivamente
substituídas por: dependente químico, gays ou transgêneros, e reeducandos. Isto
quer dizer que o sujeito envolvido com o mundo das drogas não é culpado do seu
vício, pois o seu organismo é propenso à dependência de substância
entorpecente; e que os homossexuais não tiveram escolha, pois já nasceram
assim; e que os criminosos são uns injustiçados, pois eles não têm culpa de não
receberem uma educação correta na infância. Mas as Escrituras não aliviam com o
pecado, pois a verdade não pode ser moldada ao “gosto do freguês”; goste ou
não, o que é verdadeiro sempre o será, porém, o “politicamente correto”
adentrou até as portas das Igrejas com aval de ministros que transformaram o
juízo em alosna (absinto - sabor amargo, desagradável) e que derrubaram a
justiça por terra (Amós 5:7).
... Ficarão de fora os cães, os
feiticeiros, os sodomitas, os efeminados, os homicidas, os ladrões, os
fornicadores, e todos os que amam e praticam a mentira... Porque Deus não tem
parte com a mentira, Deus não tem associação com o pecado, Deus não negocia com
a injustiça... (1 Cor. 6:10; Apoc. 22:15).
Quem pratica e ama a mentira
ficará de fora do Reino de Deus porque é filho do diabo, porque o diabo é o pai
da mentira (João 8:44); portanto viver uma mentira é viver no pecado, é amar as
trevas e não vir para a luz para que as más obras não sejam manifestas (João
3:20).
O ponto é este, quem quer viver
na corrupção do pecado e dominado pelos seus desejos carnais, não gosta de
ouvir a verdade e odeia que se dê “nome aos bois” preferindo, ao invés disso,
palavras brandas aos seus ouvidos para que a sua consciência não o acuse e
lance em seu rosto os seus atos reprováveis. É por isso que estes odeiam os
crentes sinceros, pois para eles a vida íntegra dos fiéis
se faz um testemunho retumbante contra a iniquidade em que vivem.
Quem liberta é a verdade e não as
meias verdades e nem as palavras dóceis, pois a Escritura diz: “E conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32). Quer ser livre? “Conheça” a
verdade, una-se a ela em um só corpo, ou seja, tenha comunhão com ela,
entregue-se a ela, possua-a; pois segundo a Bíblia, a palavra “conhecer” não
significa apenas saber ou tomar ciência, mas principalmente “dar-se em
casamento”, isto é, duas pessoas que se entregam uma à outra em um ato
consensual visando formar um só corpo.
L. M. S.
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